quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Para uma estrela



QUERO ESCORREGAR-ME EM TEU CORPO,
E FAZER DE TI A MINHA ESTRADA...
E NA ROTA SUL FAZER MORADA.
QUERO ME PERDER EM TUAS CURVAS,



QUERO REGER O TEU GOZO,
COMPOR CONTIGO ODES AO PRAZER...
QUERO UM DESTINO LOMBROSO
E NO FIM, ALIMENTAR-ME DO TEU SER.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Soneto para os cílios que desdobram

Soneto para os cílios que desdobram


Atiço o meu desejo nos cílios da Esperança.
Faminto por este corpo que me encanta
Meu peito em prol do magnetismo canta
Teu ser a ser ferido por esta lança...

Nomeio o meu faminto phallus de oráculo
A buscar a verdade em suas entranhas,
Secretos prazeres a ferirem as manhãs
Na fusão dos nossos seres somos o acúmulo

Deste gozo que o equilíbrio espanta...
Tua fenda em meu céu brinca tal qual criança,
Ensaio passos de amor para a nova dança...

E descubro o fogo e talento dessas suas pernas
Que bailam no ritmo da minha lança
E vibram com a beleza dessas cenas.


- Carlos Conrado

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Musa



Musa
Me usa
Abusa
Me suja
Me suga
Me aluga
Vem e cruza
Tuas pernas
Surra
Meu falo
Falo
Teu corpo
Em Êxtase
Uivaaaaaaaaaaaaaaaaa!...

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

DESEJO

Desejo

O meu peito se reveste de armas
Para afogar o teu corpo em delírios e tramas,
Os meus olhos espreitam a janela de tua alma,
O chá que bebo não se abstraciona...
É simplesmente o puro sabor da imagem verdadeira,
Adoço com o amor que cultivei dos teus belos seios.
Tal qual um canibal celeste, refogo a tua carne em paz,
Para devorar- lhe as entranhas. Teus lábios
Navegam na barca do meu desejo,
Eu que não sou Camões, tampouco possuo o Tejo,
Apenas sou Pessoa que vive versejando odes à sua beleza,
Inteira, como algo haveria de lhe faltar?
Faço preâmbulos para o êxtase,
Não preciso da Lua para te fazer delirar...
Em tua presença a tristeza se estremece de medo,
O teu perfume é lenitivo de vida,
Quero sequestrar-te os olhos
Para que continues me fazendo sonhar.

-Carlos Conrado

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

CONSUMAÇÃO


Consumação

A minha distração não demorou muito para ser interferida por uma voz suave e com cheiro de vinho bem perto do meu ouvido esquerdo. Neste instante o meu sangue começou a ferver. Ela me deixava cada vez mais dependente do seu ser. Ela estava sentada ao meu lado, e logo movimentou as suas mãos ao encontro das minhas. Ao tocar-lhe as carnes dos dedos pude perceber a grandeza da sua energia. Ao tocar-lhe desnudei-a em meus devaneios e dei ênfase a uma nostalgia que nutri em mim por vários tempos. Percebendo-me incomodado por senti-la mais próximo, ela investe um beijo ardil e molhado no canto esquerdo do pescoço. Ela sobe a sua boca lasciva até o glóbulo de uma de minhas orelhas e, morde-me a atiçar os mais loucos suspiros. Era certo, o meu desejo era recíproco. Descontrolado agarrei-lhe a nuca e beijei-a de forma a parecer uma fera arfando o seu desejo após horas no cio. Sua pele branca, seus cabelos ruivos e seus lábios carnudos faziam dela uma mulher de beleza ímpar. Mesmo que existissem outras brancas de cabelos ruivos, nenhuma delas seria tão bela e desejada quanto a Anne. Beijar-lhe o colo era como despir a ternura. Arremessei o seu cachecol vermelho ao chão de forma branda e lenta como a compor uma canção New Age. Tirei-lhe a camisa e seu jeans que bem contornava as suas belas formas. Desci-lhe minhas mãos por suas curvas a estudar-lhe como uma das formosas esculturas de Rodin. O ritmo agora estava mais frenético... gostava de ouvi-la sussurrar em meus ouvidos pedindo-me para ser consumida. Aos pouco fui tirando o seu sutiã e desvendando-lhe mais e mais o íntimo. Seus seios eram como peras sedentas para serem mordidas. Não tinha como resistir... nem era preciso resistir pois a presa ansiava ser devorada!... Molhei-lhe os bicos e, por instantes, sentir-me como uma criança novamente. Sua pele tinha um gosto doce, talvez fosse o gosto de algumas flores, mas sim, havia cravo e hortelã em sua composição. Deitei-lhe no sofá. Ela não soltava os braços de mim a ponto de ferir-me com as unhas de suas mãos. Olhando atentamente em meus olhos, ela movimentou os braços e começou a tirar a minha camisa de botão de forma voraz e arremessou sobre o sofá. Mordeu-me os lábios e num riso sedutor anunciou que iria me morder do pescoço ao meio com intenção de me deixar mais louco ainda... Escorregando suas finas mãos sobre o meu corpo não muito atlético, mordidas famintas desceram rumo a minha calça. Ao chegar ao meio, ela soltou o botão e desceu o zíper da minha veste. Despido também diante da amada, ela agarrou-me com suas mãos e com sua boca desvelou-me por inteiro. Ajoelhada diante de mim, olhou para cima a tentar visualizar o meu rosto e dizer-me atentamente, que era minha, somente minha. Agarrei-lhe os braços e a fiz subir. Logo lhe tirei a calcinha e abri espaço entre suas pernas para que eu pudesse me encaixar. Naquele momento sentir-me o deus Heros a cravar-lhe sem dó a minha espada!... Não tínhamos a preocupação de que alguém pudesse nos observar ou até mesmo, vetar a nossa tão esperada consumação. Ela acreditava estar provida da segurança, pois só havia eu, ela, e um homem bêbado e desmaiado debaixo de uma ducha no banheiro do escritório. Estávamos sim seguros.



- Carlos Conrado

* Fragmento do livro "O Numismático" - primeiro romance de Carlos Conrado. No prelo com lançamento previsto para 2011.

AS VOZES




Sete vozes de louvor a Baco

o Clã da Semana vagueia

nos pubianos pelos da Lua.

Uma nova morada acende

o desejo de sete loucos

acariciando os anéis de Marte.


São sete seres embriagados

com o vinho extraído de uma estrela,

ao som da orquestra cosmopolita

desvairados eles dançam.


São sete bacantes fazendo orgia,

tornando-vos a própria ceia.


São sete elementais iluminados

alimentando este blog de poesia.


-Carlos Conrado -

Tu queres o meu querer?





Tu Queres o meu querer?
Quero tuas pernas abertas
Escalando os meus ombros,
Quero beijá-la Xana.

Quero beber o teu suco
Deixar-te em êxtase,
Quero consagrar o teu cálice.

Quero amassar-te os seios e
Oferecer-te minha espada
Para que tu deixes-a segura
Junto a constelação do teu céu.

Quero penetrar-te a fenda e
Tocar-te o intimo, quero
Ouvir o canto de Clitóris.

Quero me entorpecer com o teu grito
Após comer-te as costas,
Quero explorá-la de quatro e
Deixá-la toda torta.

Quero ouvir os teus sussurros
Consumindo todo o prazer,
Quero gozar-te a boca e
Dar-te o que beber.


- Carlos Conrado


01/06/2007